segunda-feira, 2 de julho de 2018


Olho pra frente
e enxergo 360 graus
de possibilidades.
Às vezes acho bom, outras vezes ruim.
Lembro que meu julgamento
sobre os fatos
em nada altera os dados
que continuam a rolar
depois de arremessados no ar.
Se são as minhas mãos
ou a gravidade
que determinam o resultado
melhor nem se importar.

Olho pra trás
e vejo 360 graus
de caminhos
os quais percorro
sem saber onde vai dar.
Vou cuidando dos pés
apreciando as flores
e fazendo as pazes
com as pedras que me fazem tropeçar.
De que outra forma aprenderia
a me equilibrar?
Digo tchau, pra logo depois falar olá.

Fecho os olhos
e percebo 360 graus
de pensamentos
observando o nó
que a mente faz
quando se arrasta pro lado contrário
do que chamamos de paz
enquanto grita que eu mesma
sou o dado rolando.
Bem, pelo menos isso explica
o frio na barriga
e a sensação de estar
sempre 
a girar.

Respiro
360 vezes
e sinto
o que nenhuma palavra
pode alcançar
mas que sei que tem formato
circular.

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